Definitivamente as pessoas não nasceram para despedidas, não nasceram acostumadas a dizer "Adeus", "tchau" ou "até quem sabe um dia..."
Fomos criados para ouvir o "olá", "seja bem vindo!". Nascemos programados para o abraço caloroso de boas vindas não para o abraço doído do tchau.
Eu particularmente sou péssima em despedidas. Me apego rápido às pessoas, aos lugares e principalmente aos sentimentos que eles provocam em mim. Tenho um apego incomensurável às coisas simples e cotidianas, como por exemplo: o barulho de chave de quando o Fe chegava do trabalho, o miadinho da Amélie tentando me chamar pra vida de manhã, a forma com que ela afiava as unhas no meu sofá, o cheiro de casa limpa das sextas-feiras, o barulho atordoante da Redenção aos domingos, a cafateria do Zaffari,onde eu tomava meu carioquinha duplo analisando o extrato do banco ou lendo uma revista....
São tantas coisas...
Graças a Deus, além desse gosto pelas peculiaridades cotidianas tb cultivo um gosto incrível pela novidade. Lembro da sensação incrível que experimentei em 2001, quando cheguei em Londres sem falar Inglês e sem conhecer ninguém. Na saída do aeroporto tudo era novo e tudo era incrivelmente encantador para mim. A vontade que eu tinha era de me jogar pra conhecer cada cantinho, cada pessoa... Fico animadíssima em experimentar novamente essa sensação. A sensação de ser pequena diante de uma multidão de pessoas desconhecidas, e, ao mesmo tempo, de ser grande e forte por ter se colacado nesta situação. hahahahaha