quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

yad vashem

Hoje fomos ao museu do holocausto. Impressionante
Cheguei a pensar em deixar para depois, pois ja que passei uns dias meio malzinha de repente seria forte d+, mas resolvi ir.
Realmente, é bem forte, e bem emocionante, mas adorei ter ido.
Para mim e para a maioria dos não Judeus o Holocausto parece um filme. Não sei se essa é a melhor explicação, talvez seja meio simplista, mas me tornarei mais clara. Sabemos que aconteceu, repudiamos, choramos ao ver imagens, mas parece distante. O museu te aproxima do ocorrido. Imagina tocar em uma cama de um campo de concentração, sabendo que alí dormiram crianças famintas, mortas de fome e cheias de medo.
Ver as roupas de pessoas que foram massacradas física e psicologicamente, ver fotos de pessoas que um dia tiveram sonhos, mas que foram impedidas de realiza-los.
as fotos das famílias antes da guerra realmente me chamaram a atenção. eram pessoas felizes, famílias reunidas no parque, na mesa de jantar, sorrisos... mal sabiam o que os esperava. e porque? Poque eram judeus? Mas que explicação mais absurda...
As propagandas Nazi mostradas alí me causaram repúdio. como tantas pessoas puderam fechar os olhos para o que stava acontecendo. Não só alemães do partido Nazista, mas franceses, ingleses, russos, até na América Latina a entrada de judeus fugidos da Europa foi barrada.
O mais impressionante é ver a força dessa gente. As fotos de quando a guerra acabou e os aliados chegaram nos campos mostram pessoas que não poderiam estar vivas, em condições absurdas: esqualidas, sem roupa, doentes, como sobreviveram???
Os relatos de sobreviventes são comoventes. Pessoas que nunca abandonaram sua fé, que mesmo nos campos jejuavam em Yom Kipur
Tudo muito comovente
Comovente também ver as pessoas que sobreviveram a esse genocídio, alguns foram mandados em navios para Israel, a felicidade dos que chegaram...
Na saída do museu, a vista da terra deste povo impressiona. Mesmo não sendo judia consigo entender a ligação que têm com eretz Israel. O país de um povo que nunca havia tido uma pátria, um povo que vivia praticamente como refugiado, a mercê de governos que, muitas vezes, os humilhavam.
E eu estou aqui, fazendo Aliah junto com meu marido que sente toda essa ligação a que me referí, tentando ajudar a construir um estado judaico. Meu Deus.......
Um pouco afastado do museu encontra-se o memorial às crianças mortas. Uma sala escura, espelhada, onde só se vê a luz de milhares de velas e uma voz dizendo pausadamente o nome e a idade dos pequenos que foram mortos. Esses pequenos poderiam estar aqui agora, com seus filhos, povoando esta terra, mas não estão.

Mesmo sendo um passeio pesado, foi um passeio muito bom. Um passeio que me recordou de onde estou e da imprtância de estar aqui

1 comentário:

  1. Fê, muito lindo o que tu escreveu! Com certeza esses passeios pela história são pesados, quase inacreditáveis, mas são eles que nos fazem ver o mundo de uma forma diferente, e sermos cada vez melhor... Vai ser uma delícia acompanhar teu blog e ficar um pouco mais perto de vcs! :) beijão

    ResponderEliminar